sexta-feira, fevereiro 22, 2008

# soneto

-Anjo ferido, julgado-

Rebentando o tórax bem mudo
para não escandalizar ninguém,
vejo puros desejos em alguém
que vem e entusiasma tudo...

O vazio interno é velho
e espinhosamente vil também...
Talvez eu cante a morte pra quem
reflete meus olhos no espelho...

Anjo negro belo, inocente...
Seus olhos não guardam alegria
e tem receio da raça: gente.

Raça tão podre, tão decadente!
Tens asas, fuja da agonia;
Tudo no mundo é deprimente!
...

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